quarta-feira, 29 de junho de 2011

E foi assim...


Dois dias fugazes, cheios de adrenalina e algo mais, que nem sabe ao certo explicar...

Sentiu-se como que estava a dar um passo em frente (e na realidade deu)...

Depois de terem saído um bocado para ouvir, artistas de palmo e meio a cantar, aquele passeio pela praia, pareceu-lhe tão indicado para a levar a um local só seu e mostrar-lhe o encanto do que permanecia só seu...

Ela olhou para cima e disse 'Vês como sorri?', não se apercebeu naquele instante que se referia à lua e que esta só por si sorri todas as noites...

'Como é que a vês a sorrir?' perguntou meio desorientado, 'Não estás a ver? Inclina a cabeça', e lá lhe sorriu, e sorri mesmo, ele nunca teria notado depois de tanto tempo a olhar-lhe...

Recostaram-se e disse-lhe 'Vamos embora já é tarde', bem tarde que era e foram-se os dois a olhar para o chão com medo de pisar pegadas alheias...

Sentaram-se no sofá a falar, até que surge a ideia de ir dormir, tinha que ser, era tardíssimo... Assim o fizeram, cada um no seu quarto, cada um com o seu pensamento abstracto... Falaram ainda um pouco, ele não percebendo o que ela dizia, aproximou-se para lhe falar melhor e saborear-lhe o cheiro doce que dali provinha... Encostaram-se e cada um com o seu jeito ternurento, acariciaram os cabelos um do outro que tanto os fazem adormecer e sonhar com melhores dias; Perguntou-lhe 'Estás bem?' ao que o outro lhe respondeu 'Estou... Estou muito bem mesmo'... Cada suspiro sentido na face, cada beijo no queixo, no nariz, na testa, fizeram com que o momento de se aproximarem ainda mais se tornasse delicioso... Cada toque mais comprometedor, cada beijo mais doce e ternurento, cada carícia mais silenciosa, até que... Se juntou, um beijo quebrou o silêncio e ali ficaram, pouco tempo poderia ele dizer, mas o suficiente para saber que queria mais...Ele tremeu, sorriu e sentiu-se tão bem naquele sentimento que não o queria deixar, ela perguntou 'Porque estás a tremer?', deixou sair; esboçou um sorriso e disse 'É isto que me deixa assim, com a adrenalina no corpo e a sorrir que nem um parvo'... E continuaram ali, bem perto um do outro, um abraço terminou a proximidade, mas um abraço tão terno e forte que selou algo ali, sem saber ao certo o quê... Despediram-se e ele só pediu para que não estivesse a sonhar, porque acordar ia ser algo que ele não queria...

Deitou-se na sua cama e ele adormeceu, descansado nessa noite... Há muito que não dormia assim...

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