sábado, 5 de janeiro de 2013

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Cheguei recetemente à conclusão de que não sei avaliar as pessoas, principalmente aquelas que me são próximas ou que pertencem ao meu grupo de conforto...

Sempre achei que sou importante na vida dessas pessoas e que deveria ser sempre um alvo a ser abordado e não a abordar; Isto porque não gosto de me meter nos planos que já possam estar combinados, ou desrespeitar as escolhas impostas.

Sou uma pessoa independente que se acha dono do seu nariz, que sabe ainda tomar todas as escolhas com a devida atenção e ter em consideração toda a panóplia de decisões que tomou ao longo da sua vida.

Tendo isto em conta, acho sempre que só há um certo ou um errado, não há um meio-termo numa pergunta nem meias-respostas... Isto porque todas as decisões devem ser tomadas com clareza e rigor, tanto para si mesmo, como para a pessoa que fez a questão.

Escrevo isto hoje, porque fiz uma dessas pessoas sentir-se tão pequena que chorou... Senti-me a pior pessoa do mundo por tê-lo feito, não só porque não gosto de ver ninguém chorar, mas principalmente pelo remorso da pergunta e da resposta emotiva; É uma impotência incrível e devastadora.

Tentamos de alguma forma enaltecer as nossas escolhas e sermos fieis às mesmas até ao fim, mesmo quando levamos um pontapé nas costas e nos dizem que poderiamos ser melhores.

Já não se trata de um certo ou um errado, trata-se sim da demonstração de afecto que ficou por dar; De como fui incapaz de compreender que lhe estava a fazer 'mal'...

Shame on me...

Um "desculpa" não chega, muito menos quando se põe algo em questão e na realidade fazemos parte dessa questão existir, desse incerto que nunca é; Quando afinal algo poderia ser diferente com um simples 'Olá'; E perdi o tempo a olhar para o meu umbigo sem saber se estava tudo bem do outro lado...

Teria todo o gosto em ser menos assim...

Estarei sempre aqui, mesmo que não pareça.

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