terça-feira, 13 de março de 2012

Aquilo



Acorda-se de manhã como um dia vulgar, um como tantos outros, mas nesse dia podíamos comer à borla e aproveitar para apoiar um amigo, numa luta só dele, mas que a compreendíamos como nossa; Nesse dia em que se subiu as escadas à procura d'um lugar para nos sentarmos e encontramos na subida uma cara desconhecida para nós, mas reconhecida para ele; Sentamo-nos então e deixamo-lo estar à vontade.



A porta abre-se e por ela entra uma brisa fresca, com um sorriso diz-lhe 'boa tarde' e pergunto-me quem será; Aquela cara nova, aqueles olhos esverdeados; Partilhei o meu interesse com os meus amigos e no dia seguinte tinha que saber quem seria ela.

Terá passado uma semana, e o interesse continuava a crescer e a vontade de estar só com essa cara, essa pessoa que se tornaria algo grande; Um passeio pelo Parque das Nações, alterou a véspera de Natal e essa foi a prenda nesse ano.

Cresceu, manteve-se e foi-se acreditando... Deixando-se levar por tudo o que era bom... Os passeios, os almoços, os jantares, as saídas, os interesses... Meses a fio de coisas boas, será ridículo enumerar, mas talvez o que mais tenha gostado, terá sido uma patinagem no gelo, onde apenas estávamos a observar os miúdos a divertirem-se.

Um dia aconteceu e tudo teve um final; Custou, foi doloroso... Até porque já há algum tempo que a chama se teria apagado e deixei-me ficar; Idiota...

Difícil compreender, mas olhando hoje, se calhar; Estás bem, acho que isso é o mais importante para mim; Que estejas bem...

'Mesmo que mude de número, saberás sempre de mim...'

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