sábado, 17 de março de 2012

You saw me too



Somos bons a divagar, nisto tenho a certeza que todos nós somos óptimos...

E só por isso, por me achar óptimo a divagar, vou fazê-lo também.

Imaginei-o diferente quando começou, claro que nunca ponderei que pudesse chegar a algum lado, apenas queria conhecer e dar-me a conhecer, pois se de alguma forma é diferente, queremos sempre extrair tudo o que podemos para nos irmos acomodando às diferenças.

Certo dia, solarengo, de Primavera, numa tarde como tantas outras decidiu-se ir refrescar as ideias e deliciar as pupilas gostativas e com isto surgiu o primeiro gelado, penso que tenha durado horas, pois o passeio alongou-se até se fazer noite e o metro foi o local de despedida. (Quebrou-se o gelo)

Pouco tempo depois os dias tornaram-se maiores e a melhor forma de os aproveitar seria uma visita à praia e aproveitar o dia, assim se fez... Praia de manhã e há noite um bar para apreciar o frio da Costa, ver a lua e descobrir as suas diferentes formas, um "até amanhã" diferente e moderado.


Sobreviveram os peixes todo o fim de semana, e continuaram ambos vivos mais uns tempos...


Afastaram-se as oportunidades e os hemisférios não se comunicaram durante alguns meses, devido a tudo e a nada, não se sabe ao certo...


Planeou-se a ida, sem saber ao certo o seu destino, mas pouco importava, pois a convicção seria sempre a mesma; A de ir, nem que fosse só para manisfestar a sua presença, mas que estava lá; Acabou por surgir o abraço verdadeiro e a realidade de que não seria uma pessoa banal, mas sim uma com imensas dúvidas interiores que se começaram a revelar aos poucos.


Passaram-se mais uns dilatados dias sem saber, como saber, o que fazer, uma mão cheia de porquês, que desapareceram uma noite; Uma dada noite em que todo "o não" se tornou, um simples rebuçado... Um sonho poderia dizer-se, pois tornar possível o impossível, só acontece nos sonhos; Aqueles em que queremos acordar e estar onde o sol nasce para sempre e tudo brilha de tal maneira que nada pode impedir esse brilho de desaparecer. Nesse dia, amanhaceu 4 vezes, diferentes, e sempre com um sorriso contagiante; O dia tornou-se noite e esse contágio não desapareceu, manteve-se e prolongou-se por mais umas horas, até que... Até que, desapareceu, tão depressa como apareceu, foi-se...

Sem quês, nem porquês, manteve-se e mantém-se longe, no seu lugar... Com uma pedra, acho eu, à espera de algo, não sei bem o quê... Mas está ali ao fundo, eu percebo-o e vejo-o, mas não o consigo alcançar...


Agora, está ali... Longe, onde não lhe chego... Se calhar nunca lhe cheguei, por muito perto que o sentisse.



E é assim que eu divago, inconscientemente no meu silêncio, a vê-lo ao longe...

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